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 Sullivan, Chad Keegan;

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AutorMensagem
Chad K. Sullivan
Caçador Iniciante
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Chad K. Sullivan


Mensagens : 1
Data de inscrição : 07/12/2010

Ficha Sobrenatural
Sangue:
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Stamina:
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MensagemAssunto: Sullivan, Chad Keegan;   Sullivan, Chad Keegan; Icon_minitimeTer Dez 07, 2010 11:06 am

Nome: Chad Keegan Sullivan
Idade: 46 anos
Lado: Bem
Raça: Caçador
Aparência:
Spoiler:
Personalidade: Chad mudou muito desde a morte de seu filho, agora sendo frio e introvertido, conversa muito pouco e a única coisa que ele realmente gosta é escutar música, único prazer que o mesmo não perdeu após a tragédia de sua vida.
Humor: Quieto, introvertido.
Medos: Todos os seus medos morreram junto com o seu filho.
Sonhos: Todos os seus sonhos morreram junto com o seu filho.
Historia:

Há doze anos, Chad Keegan Sullivan era um homem comum. Vivia na costa do Maine e tinha uma pequena fazenda de pinheiros que pretendia deixar de herança para seu filho e para o filho deste, passando de geração em geração, como ele mesmo havia recebido. Dirigia uma snowmobile mesmo nos invernos rigorosos do Maine, e era, ao mesmo tempo, o mais comum e individualizado dos homens daquelas terras geladas, com seu temperamento que podia ser tão maleável quanto as águas no verão e tão inexorável quanto as tempestades de inverno, herança de algum antepassado nórdico há muito tempo esquecido pelas memórias familiares. Ia a igreja todos os domingos, mesmo quando tudo estava tão gelado que mal podia se sentar na cadeira da cozinha sem correr o risco de se congelar ali, e acreditava que deveria existir uma força metafísica capaz de criar algo tão impressionante quanto a tundra do Maine. Era assíduo na temporada de caça aos veados e se encapuzava de laranja para não ser confundido com um deles enquanto prosseguia pelos pinheirais adentro, suficientemente orgulhoso de sua pontaria aperfeiçoada durante os vinte anos que vivia naquela costa gelada.

Era também dos pais mais zelosos e orgulhosos, como um verdadeiro lobo que chefiava uma matilha de um só filhote e, de alguma maneira, conseguia permanecer afastado da perseguição feminina ainda que fosse um viúvo rentável. Seu coração era do gelo do Maine, mas também ardia nele um fogo invisível que o impulsionava como uma máquina movida a vapor, sem se importar com quaisquer obstáculos que ousassem se interpor em seu caminho. Certamente, a fogueira de seus antepassados, que já haviam se cansado de permanecer no esquecimento. Era um homem resistente e resiliente, como um bom bastão de bambu, que não se dobrava sob qualquer ventinho. Sim, os antepassados nórdicos do qual ainda herdava o sobrenome certamente se sentiram muito vingados quando viram renascer naquele homem o que pretenderam deixaram para todos os outros antes dele.

Até aquele dia.

Há doze anos, em 12 de Dezembro, quando ensinava ao seu filho o jeito certo de cobrir os pinheiros com neve para que não cedessem sob a pressão daquele inverno sem par, e viu uma sombra das mais esquisitas avançar pela tundra já completamente coberta de branco. Tinha forma e corpo de um humano robusto, e o mais impressionante é que andava sobre a neve sem afundar e se perder para sempre. Chad Sullivan costumava ter um raciocínio muito rápido e muito prático, mais dado à ação e a movimentar os músculos das pernas e braços do que os que se escondiam sob seu couro cabeludo e costumava agir sem pensar nas consequências imediatas com mais frequência do que racionalizar detalhes, quase um temerário, e, por esse exato motivo, agarrou a espingarda de cano duplo que sempre carregava, jogou o filho atrás de suas costas e gritou para que abandonasse sua propriedade antes que saísse tão furado quanto uma peneira. Porque tinha três certezas que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso teria também: não era um homem comum, não pretendia comprar uma árvore de natal e ele não deixaria que se aproximasse mais que dez passos de onde estava seu filho. Mas a figura, ou fosse o que fosse, não o atendeu. No décimo aviso, quando a coisa se tornava cada vez mais visível a seus olhos, e cada vez mais estranha e assustadora, Daniel atirou. Um tiro duplo certeiro, ele tinha certeza e tinha a habilidade certa para tanto.

Entretanto, a coisa não parou.

O homem do Maine agarrou a pá que estivera usando, ainda deixando de lado qualquer indagação sobre a situação, preferindo agir. Esperou, pois não correria como um louco para os braços da criatura deixando seu filho abandonado à própria sorte na neve. Aguardou até que a coisa se aproximasse o suficiente e, com toda a sua força, que era considerável, acertou sua cabeça com a pá. E ele não se moveu um único maldito centímetro.

Há doze anos, no inverno, Chad Sullivan assistiu uma coisa que parecia humana, embora tivesse a pele ressequida e esbranquiçada e olhos injetados, derrubá-lo na neve com um golpe forte demais para ser humano, enquanto os gritos do seu filho ecoavam no que restava de sua consciência e o que antes era puro gelo branco, se mesclava ao escarlate e finalmente se tornava negro.

Naquele dezembro, Einar acordou em uma cama quente, sua cama quente, com a mão esquerda enfaixada, não sentindo o seu braço direito que estava totalmente fraturado, encarando uma garota vestida de marrom e vermelho e que se chamava Nadya Irving e lhe dava os pêsames e se desculpava por chegar tarde demais.

Há doze anos, numa tarde muito fria, ele descobriu que seu filho tinha servido de jantar para um Rougarou, seu sangue tinha sido a sobremesa para a mesma criatura e que não devia existir deus sob esse céu, mas, em compensação, toda sorte de histórias contadas ao redor das fogueiras para assustar os mais melindrosos tinham seu fundo de verdade. De fato, a última missa a qual Chad Sullivan participou nem poderia ser chamada de tanto, pois ele próprio tinha organizado um altar em memória de seu filho sem a participação de qualquer entidade episcopal. Não havia luz nesse mundo, não mais para Einar, que acabava de descobrir que não existia branco e preto, mas apenas uma aquarela de matizes acinzentadas pairando sobre o mundo.

Ainda nevava quando Chad Sullivan abandonou sua tundra, seus pinheiros, juntou sua espingarda, suas tralhas de caça, e iniciou outro tipo de caçada, deixando para trás os animais do Maine, desta vez perseguindo todos os tipos de pragas que não deveriam pertencer a esse mundo, aprendendo cada vez mais sobre elas e se aperfeiçoando quase tanto quanto em suas épocas de caça na tundra. Porque assim que se dedicava com todo afinco a uma tarefa, nem sequer a tempestade mais forte poderia demovê-lo ou desviá-lo de sua intenção.

Nos primeiros meses, nos primeiros quatro anos, a mulher, Nadya, tinha sido sua companhia. Nunca saberia se ela se sentia culpada por um garoto ter morrido sob sua vigília e por um simples fazendeiro de pinheiros ter se tornado um berseker, nunca tinha parado para considerar os sentimentos de Nadya, tudo porque, em verdade, nunca a perdoaria. Pouco se importava com os dois dedos perdidos, o que não podia perdoar era o fato dela ter deixado seu filho morrer. E também não podia perdoar a si próprio. Já não mais reconhecia em si mesmo o fazendeiro, embora empregasse tudo o que tinha aprendido na dura terra do Maine para sobreviver naquele meio, para seguir enfrente, sabendo que sempre seria um sobrevivente, ainda que não fosse seu desejo.

Assim, tão logo foi capaz de se manter sozinho sem morrer na primeira emboscada, tão logo aprendeu a observar e agir de acordo com a percepção da situação, abandonou sua parceira temporária e seguiu sozinho, sempre sozinho, mas muito bem acompanhado do fantasma de Adrian Einar que vivia em suas lembranças. Tinha para sempre a ausência de dois dedos para recordá -lo de sua maior falta e se lembrava de cada detalhe daquele dia toda vez que segurava uma arma e percebia a falta deles.

E a verdade era que Chad Sullivan não era uma boa pessoa. Não perseguia aquele tipo de criatura porque acreditava estar salvando o mundo, porque queria salvar o mundo, porque seu coração era de um herói. O homem do Maine simplesmente não conseguia perdoar a si mesmo, não conseguia encontrar outra razão, não conseguiu nunca mais abandonar a onda de satisfação momentânea que o invadia toda vez que exterminava um deles, como se fosse uma espécie de opiáceo. Nunca tivera sede de sangue, e não se regozijava em batalhas, somente tinha poucos momentos de paz toda a vez em que sabia que tinha poupado alguém de sofrer seus mesmos percalços. Tudo o que procurava era uma pouca medida de paz que todo homem merecia para viver e nunca a encontrava em parte alguma.

Caçar, persistir, era a única maneira de despejar o fogo que ardia cada vez mais destrutivo em seu âmago. O único jeito de sossegar tanta raiva. A única forma de não enlouquecer. E, por mais estranho que fosse, eram os lucros de sua fazenda de pinheiros, agora gerida por seus vizinhos do Maine que depositavam os lucros regularmente em suas contas que continuava financiando toda aquela empreitada a que Einar se pretendia.

Fogo e gelo unidos em uma única tempestade, que não dava mostras de esvanecer.
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